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domingo, 19 de outubro de 2008

Caso Eloá.

São Paulo - O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, confirmou na madrugada deste domingo a morte cerebral da jovem Eloá Pimentel, 15 anos, que foi baleada na cabeça e na virilha, depois de 101 horas de cárcere privado imposto pelo ex-namorado Lindenbergue Alves, 22 anos. A morte cerebral foi declarada às 23h30 do sábado.

Lindembergue foi preso e levado para o 6º Distrito Policial da cidade. Ele resistiu aos policiais e apanhou.

Três disparos foram ouvidos no local. Às 18h17 Eloá foi levada do local por uma ambulância. Às 18h18, Nayara foi levada por um carro do SAMU. Os policiais do Gate invadiram o apartamento pela porta do apartamento e por uma janela.

Ainda não se sabe se os tiros que atingiram as meninas partiram de sua arma. Tudo indica que sim.

Na manhã desta sexta, a polícia usou o irmão de Eloá para negociar o fim do seqüestro. Douglas, de 14 anos, foi o negociador para a libertação dos refén. As negociações estavam travadas desde a o fim da manhã de quinta, quando Nayara, amiga de Eloá que havia sido solta na noite de terça, voltou ao apartamento para convencer Lindembergue a soltar a amiga, mas acabou sendo feita refém de novo.

A volta de Nayara ao apartamento teria sido uma exigência do seqüestrador. E a polícia permitiu o retorno da adolescente. "Foi um erro grosseiríssimo", afirma o coronel da reserva José Vicente da Silva, diretor do Instituto Pró-Polícia e ex-secretário Nacional de Segurança Pública. "Colocar mais um inocente em risco é a última coisa que poderia ser feita."

Ele não foi o único a condenar a concessão feita pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. "Não entendi como permitiram a volta de uma refém menor de idade ao ambiente de risco", diz o capitão da reserva Rodrigo Pimentel, ex-comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM do Rio e co-autor do livro Elite da Tropa - que deu origem ao filme Tropa de Elite. "Foi uma decisão pouco responsável."

Não sou policial muito menos tenho experiência com seqüestros, mas como pai fiquei realmente muito bravo, ao ver a ação da policia neste caso. Vamos analizar, claro que de maneira leiga.

1) Cortaram a luz e a religaram ao delinqüente, que na moral, eu conheci muitos bandidos de ficha tão limpa quanto a minha, e no caso deste rapaz, na boa, ninguém conseguiu ver que ele estava com um sério disturbio emocional? Ele disse em uma entrevista que, de vez em quando uma voz dizia para ele soltar as meninas, e em outros momentos ele ouvia uma voz que dizi para ele matar mesmo todo mundo. Gente, isso é um sintoma sério de disturbio emocional...
2) Ninguém conseguiu ver que a volta de Nayara ao apartamento seria de grande risco a sua integridade e que este pedido era tão somente para aumentar seu escudo a uma possivel invasão?
3) Ninguém ficou sabendo que reporteres, pelo menos eu vi a da TV Record, entrevistar o elemento via telefone? Ora, fica muito claro que ele estava extremamente confortavel, achando que por causa da midia e da repercusão seu plano maluco iria ser levado a efeito, isso em sua cabeça, mas lógico que o resultado não poderia ser outro se não o que ocorreu.
4) Em caso de seqüestro, em que o sequestrador esta encurralado, a tatica mais óbvia não seria mina-lo fisica e psicologicamente? Como isso iria acontecer com tantas pessoas ligando e falando pra ele ter calma que tudo iria acabar bem, que sabiam que ele era de bem... Ora meu povo, "de bem"??? O cara invade uma casa, mantem sua ex namorada, que diga-se de passagem de 15 anos, sobre a mira de uma arma e o chamam de "bem"?
5) Onde já se viu chamar pessoas de seu circulo para conversar depois de mais de 24 hs de carcére?

Gente, eu fico pensando se isso fosse com uma filha minha, fosse ela a Eloa ou a Nayara, pelo amor de Deus. Esta é a inteligencia policial que tomara conta de meu caso? Fica óbvio que muita gente prefere pagar os resgate em caso de sequestro.
Penso que a educação dos dias de hoje é, também, uma das grandes causas desta degradação que há em especial entre jovens. Se este elemento era seu primeiro namorado, gente ele tinha 17 e a menina, uma criança, tinha 11 anos, meu Deus... O cara tinha então 22 anos e a menina 15... Será que somente eu vejo isso como um erro??? Não concordo de maneira nenhuma com isso. Nossas meninas se entregam a vida sexual muito mais nova, os meninos se envolvem com bebidas e cigarros e drogas com muito menos idade. Basta um passeio de metrô para se notar a baixa moralidade das conversas entre jovens.
Penso que devemos tomar mais cuidado com a maneira que educamos nossos filhos e filhas.
No todo, graças a Deus pela vida mantida por Ele da menina Nayara.
Que vergonha...
Aos pais de Eloá, meus sentimentos sincéro... Que o Senhor os abençoe e os console.

P.S. De maneira alguma estou dizendo que a culpa pelo ocorrido foi dos pais, mas que eu não concordo em deixar que uma menina de 11 anos tenha um relacionamento em que se pede dela uma responsabilidade como um relacionamento de namoro, nem que uma menina que tenha 15 anos se relacione com um homem de 22 anos, onde notavelmente são dois mundos, interesses e perspectivas diferente.

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